A chegar à casa de Barão, de carro, vamos passando pelas pessoas da aldeia, para mim tão velhinhas como eram há quase 30(!) anos atrás. Hoje, dissemos adeus à senhora Inácia, fechava o portão onde me lembro de ver muitas vezes uma carroça pequena, daquelas puxadas por uma mula. Não percebeu bem quem vinha no carro mas espreitou para ver onde parava.Passados alguns minutos, batem à porta. A senhora, amorosa, vinha oferecer a quem estava cá em casa algumas uvas deliciosas e 6 ovos fresquissimos das suas galinhas. Não me reconheceu logo, acho que me ia chamar Manel - para as gentes de Barão de São João eu sou o loiro - lamentou-se por ser pouco o que tinha para oferecer e estendeu-me o tabuleiro envergonhada. Agradeci-lhe, quase de lágrima no olho emocionado; despediu-se com um vá, saudinha para todos, "saüdínha para tôds" e um adeus já de costas, a passo rápido.
Bela história.
ResponderEliminarConhecer os vizinhos é um dos hábitos que se vai perdendo infelizmente. Adorava conhecer essa Senhora Inácia pois já não devem haver muitas como ela. Fez-me pensar na Aurora a quem prometi ir visitar este verão e ainda não fui.
ResponderEliminarBoa continuação de férias se elas ainda não acabaram.
Mana